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Foto do escritorRedatores Estrondosos

Suor excessivo: quais são as causas e como lidar com esse problema

O suor excessivo, além de causar incômodo físico, pode gerar baixa autoestima e problemas de sociabilidade.

Antes de tudo: suar é normal. O processo de resfriamento do corpo é feito através do suor, ou seja: quando o corpo começa a aquecer, por razões de exercício intenso, medicamentos, estresse e afins, o sistema nervoso central faz com que as glândulas sudoríparas disparem.

Suar consideravelmente durante corridas, atividade física ou em dias quentes é comum e pode ser contornado com a utilização de tecidos anti suor — os quais, ao contrário do que o nome sugere, não impedem o suor de acontecer, mas contornam o surgimento do mau cheiro.

Não basta apenas, porém, “driblar” o suor excessivo. É preciso investigar as suas causas: afinal, se algo foge à normalidade, pode afetar a nossa saúde, a nossa forma de lidar com as outras pessoas e até a nossa autoimagem. A seguir, trataremos um pouco mais sobre o assunto. Confira.

Quais são as causas do suor excessivo?

Pessoas que sempre apresentaram transpiração normal podem começar a suar de forma anormal ao utilizarem determinados medicamentos ou em momentos da vida que são particularmente traumáticos ou estressantes.

Em casos do gênero, é importante consultar um médico de confiança. Caso a medicação causadora do problema tenha data para ser finalizada, é possível que o quadro físico retorne à normalidade após encerrar o tratamento.

Quando estamos diante de um efeito colateral do estresse, de doenças emocionais e traumas, é fundamental buscar tratamento psicológico. Por meio da resolução de questões internas, de exercícios de manutenção do estresse e de novos insights sobre a prática diária, é possível abrandar a sudorese excessiva.

Hiperidrose

Existe uma condição clínica, chamada hiperidrose, que está ligada à produção de suor de forma anormal.

A hiperidrose está relacionada ao hiper funcionamento das glândulas sudoríparas, por isso, pode acometer partes diferentes do corpo, como: axilas, rosto, cabeça, virilha, mãos, plantas dos pés.

Pessoas com o problema em questão não precisam praticar exercícios para transpirar: ou seja, na prática, elas suam até quando estão em repouso ou fazendo atividades que, em teoria, não deveriam causar sudorese.

Como se pode imaginar, tal circunstância causa imenso desconforto físico, além de inseguranças múltiplas.

Uma vez que não é possível controlar o suor — e que sensações de ansiedade, medo e euforia podem fazer com que uma pessoa transpire ainda mais —, os indivíduos podem desenvolver problemas sociais, fugir de relacionamentos e ter alterações inclusive na vida profissional.

Tipos de hiperidrose

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, há dois tipos de hiperidrose: a primária focal e a secundária generalizada.

No primeiro caso, as manifestações clínicas ocorrem na infância ou adolescência. As partes mais afetadas do corpo são as mãos, axilas, cabeça, pés e rosto, e não há produção de suor excessivo durante o sono ou em repouso.

Trata-se de um problema que é comum em pessoas da mesma família, embora seja uma manifestação rara: 2% a 3% da população podem ter hiperidrose primária focal, e menos de 40% dos pacientes busque ajuda.

A hiperidrose secundária generalizada, por sua vez, cria diálogo com o tópico anterior deste artigo: ela é causada por uma condição médica ou pelo efeito colateral de medicações. Nessa manifestação, o suor excessivo pode ocorrer também durante o sono e afetar todas as áreas do corpo.

Quais são os tratamentos?

Já comentamos que, a depender da causa do suor excessivo, é possível fazer a manutenção do problema com a utilização de medicamentos, terapia, gerenciamento do estresse, etc. Seria simplista, no entanto, dizer que essas são as únicas opções de tratamento.

Drogas anticolinérgicas podem ser usadas para impedir a estimulação das glândulas sudoríparas, por exemplo, mas esse é um tratamento utilizado para casos muito específicos.

A toxina botulínica tipo A, também conhecida como Botox, pode ser injetada nas áreas de maior produção de suor, para bloquear temporariamente o problema.

O rumo de ação a ser seguido depende do diagnóstico da doença em curso, da observação de suas manifestações e do quadro médico do paciente como um todo.

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