Nem toda aguardente é cachaça, mas a nossa branquinha é um tipo de aguardente. Saiba mais
Considerada um patrimônio nacional, a cachaça é uma bebida destilada a partir da cana-de-açúcar e que conta um pouco da nossa história. Com alto teor alcoólico – pode variar de 38% a 48% —, a cachaça pode ser chamada por vários nomes: pinga, mé, aguardente, branquinha, etc.
Mas, sabia que, apesar de ser uma aguardente, nem toda aguardente é cachaça? Ficou confuso? Então continue lendo que te contamos mais a seguir.
A aguardente
Aguardente é uma definição dada às bebidas alcoólicas que passam por fermentação e destilação.
Segundo o site especializado Mapa da Cachaça, há no mercado aguardente feita de diferentes matérias-primas, tais como uva, milho, beterraba, banana, mandioca e outras.
Vários países têm a sua aguardente própria. A cachaça está para o Brasil como o pisco está para o Peru ou o conhaque para a França, ou ainda o uísque para a Escócia.
A cachaça
A história da cachaça remete aos engenhos de açúcar — principal base econômica no Brasil Colonial implementada e disseminada pelos portugueses em nosso território.
Segundo contam os historiadores, a bebida teria surgido em Pernambuco após um escravo perceber que o mosto de açúcar que estava armazenado, havia fermentado, evaporado e, ao condensar, formava pequenas gotas da bebida alcoólica.
O nome pinga viria justamente daí, uma vez que a cachaça condensada no teto do engenho pingava aos poucos. A verdade é que não existe uma história concreta e absoluta sobre a origem da branquinha. O fato é que ela deve ter surgido entre 1516 e 1532.
Assim como ocorre com o champanhe, que só pode levar este nome se vier da região de Champagne, na França, só é cachaça se for destilado de mosto de cana e tiver entre 38% e 48% de teor alcoólico.
As propriedades nutricionais
A ingestão de qualquer bebida alcoólica deve ser feita com moderação e muita responsabilidade. Seu consumo em exagero pode ser muito prejudicial para a saúde e pode colocar em risco a vida também de outras pessoas.
É fundamental ressaltar que beber e dirigir é algo proibido por lei, passível de multa pesada, apreensão da carteira de motorista e até prisão. Sua venda e seu consumo também são proibidos para menores de 18 anos e não são indicados às gestantes, lactantes e pessoas com alcoolismo.
Mas, assim como ocorre com outras bebidas alcoólicas, o consumo ponderado de cachaça pode até trazer benefícios para a saúde, visto que há propriedades nutricionais nela.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica como ideal o consumo de até 30g de álcool por dia, o que equivale a duas doses de cachaça.
Altamente calórica, uma dose de cachaça contém, aproximadamente, 115 calorias. A bebida é rica em antioxidantes que protegem o coração, combatendo o colesterol “ruim”. Ela também apresenta propriedades anticoagulantes que ajudam a circulação sanguínea e previnem o acidente vascular cerebral (AVC) e a trombose.
A bebida envelhecida é ainda mais rica nessas substâncias e ao combinar cachaça e frutas, como ocorre em vários coquetéis, aumenta-se o potencial positivo para a saúde. Outro ponto importante é que a cachaça ajuda na socialização e, consequentemente, na manutenção da saúde mental e emocional do consumidor.
Essas propriedades positivas são únicas e exclusivas para o consumo moderado e esporádico. Se a pessoa não conseguir consumir apenas uma dose de bebida por dia ou se sentir dependente da cachaça, precisa procurar ajuda.
O excesso de bebida alcoólica também leva ao desenvolvimento de diversas enfermidades cardíacas, renais, hepáticas e metabólicas.
Há diferentes marcas de cachaça no mercado e é preciso prová-las para saber qual mais agrada o paladar. A bebida pode ser consumida pura, em drinques e até como ingrediente de pratos salgados.